segunda-feira, 13 de julho de 2009

Garotos da fuzarca no Moinhos Shopping


A partir das 17h30 de sábado (e, às vezes, nos domingos), um trio de personalidades que tem uma longa e exitosa trajetória na vida portoalegrense se reúne no Moinhos Shopping. Ele são o jornalista, radialista e atual cronista do jornal O Sul, Jayme Copstein, o antigo crooner do Conjunto Norberto Baldauf e atual consultor de empresas, Luiz Octávio Albuquerque, e o ex-piloto de corridas, fotógrafo e homem que ensinou aos gaúchos que viajar (sobretudo para o exterior) era uma atividade civilizatória, Flávio Del Mese. A conversa gira tanto em torno dos acontecimentos da semana como de fatos do passado portoalegrense, tudo envolvendo música, jornalismo, política etc. Muitas vezes, o tom humorístico da conversa é bastante corrosivo, pois estes garotos da fazurca, tendo mais de 70 anos e muitos quilômetros rodados no RS e no exterior, viram poucas e boas no Rio Grande do Sul e no Brasil. E o que é revelado ali sugere que, ao contrário da lenda, não é só o (resto do) Brasil que é uma piada... É frequente que muitos admiradores do trio se juntem em torno do Flávio, do Jayme e do Octávio. Na foto, vocês vêem a mesa da turma, situada no primeiro piso do Moinhos Shopping (aquele cuja entrada é pela Rua Tobias da Silva). Da esquerda para direita: Marco Abreu (engenherio eletrônico que trabalham com música, produzindo CDs), o Jayme Copstein (de boné e lendo), eu (Carlos Augusto Bissón, autor e infatigável divulgador do livro Moinhos de Vento - Histórias de um bairro de Porto Alegre), o "Alemão" Octávio (que, desde jovem, sempre "sai bem na foto"), Sérgio Reis (apresentador veterano da televisão gaúcha, e que tem um programa no Canal 20) e Flávio Del Mese.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Arnaldo César Coelho fala de livro do Moinhos no SportTV



Arnaldo César Coelho (foto) exibiu e comentou o livro Moinhos de Vento - Histórias de um bairro de Porto Alegre no programa Bem, amigos, do SportTV. Isto aconteceu por volta das 23h10 de segunda-feira (11/05). De forma muito simpática e generosa, o ex-juiz e atual comentarista de arbitragem da Rede Globo se referiu ao trecho do livro no qual é citado. Trata-se do jogo disputado por Internacional e São Paulo pelo Campeonato Nacional de 1973. Naqueles dias, a Companhia Jornalística Caldas Jr. e, sobretudo, a Rádio Guaíba eram soberanas na cobertura futebolística. Dada a envergadura daquele jogo, seria natural que o locutor Pedro Carneiro Pereira transmitisse a partida. Chefe do Departamento de Esportes da Guaíba, Pedrinho era o melhor e mais famoso narrador do Rio Grande do Sul. Ele havia se criado no Moinhos de Vento e era filho de Pedro Pereira, médico famoso na cidade nos anos 40 e um dos fundadores da Sociedade de Pediatria do RS. Além de locutor, Pedrinho também era um apaixonado por corridas de automóveis, frequentando as pistas na condição de piloto (foi presidente do Automóvel Clube do RS). Em 21 de outubro, um domingo, havia a disputa de uma prova no Autódromo Internacional de Tarumã no mesmo horário no qual o Internacional jogava no Beira-Rio. Pedrinho optou por correr e cedeu o seu posto na cabine da Rádio Guaíba para Armindo Antônio Ranzolin. Durante o primeiro tempo da partida, o plantão esportivo Antônio Augusto pediu ao Corpo de Bombeiros que se dirigisse com urgência a Tarumã. No Beira-Rio, todos os torcedores suspeitaram que havia ocorrido um acidente na corrida. Mas o pior veio depois, quando Antônio Augusto anunciou que dois pilotos tinham morrido: Ivâ Iglesias e Pedro Carneiro Pereira. Foi um choque terrível para todos os presentes no Beira-Rio. Os torcedores nem se importaram muito quando o São Paulo fez o primeiro gol ( a partida terminaria em 2 a 2). O locutor Armindo Ranzolin cancelou a transmissão, provocando os aplausos de todo o Beira-Rio, já que a audiência da Guaíba era total. Em seguida, houve uma paralisação da partida. Arnaldo César Coelho era o juiz e decidiu homenagear Pedro Carneiro Pereira com um minuto de silêncio. Todo o estádio ficou de pé. Eu tinha 13 anos e estava lá, porque, na época, era torcedor do Internacional (hoje me considero ex, já que não me afetam os resultados futebolísticos). Pedrinho tinha apenas 35 anos. Esta é uma das narrativas que Moinhos de Vento - Histórias de um bairro de Porto Alegre traz para o conhecimento dos mais jovens, a qual Arnaldo César Coelho (com a contribuição de Ruy Carlos Ostermann, que também estava naquele Bem, amigos) gentilmente relembrou em rede nacional.